terça-feira, 4 de outubro de 2016

Profissão youtuber: Entrevista com Márcio Gonçalves

Ivi Soares
7º período


Uma nova profissão vem ganhando cada vez mais força e espaço entre os brasileiros. Os "youtubers" são pessoas que começaram a postar vídeos na plataforma youtube com os mais variados temas, tutoriais de maquiagem, dicas de moda, beleza e comportamento, gameplay, curtas de comédia e diversos outros temas. Com o passar do tempo os "youtubers" foram ganhando notoriedade e começaram a receber por seus vídeos postados, e os vídeos e "youtubers" foram se profissionalizando, e acabaram deixando de lado aquele amadorismo dos vídeos iniciais.

Para falar melhor sobre esse conceito de nova profissão e a proliferação de canais do youtube, entrevistei o professor e doutor em ciência da informação Márcio Gonçalves.

Cada dia o youtube tem crescido mais como meio de comunicação. O que você acha que influenciou esse crescimento?
M.G: Diferente das mídias ditas tradicionais, o YT, hoje entendido como uma mídia social, pois permite que o conteúdo seja gerado pelo próprio consumidor, atraiu as pessoas pela diversidade da programação, pela dinâmica de acesso e pela interação entre os usuários.

Hoje em dia os influenciadores digitais têm ganhado cada vez mais espaço e confiança dos jovens. Você acha que eles podem ser um novo conceito de comunicadores, uma nova forma de fazer jornalismo e marketing?
M.G: Os influenciadores digitais tomam o lugar das celebridades como garotos propaganda e modificam a forma de anunciar produtos e serviços. Para as marcas é o melhor dos cenários: cachê, a princípio, mais barato, e geração de engajamento orgânico, além de esses influenciadores tratarem os fãs com muito mais proximidade. Consumidores e produtores de informação agora são um só.

Alguns apresentadores já consagrados decidiram lançar canais no youtube, por exemplo o Celso Portiolli e agora a Xuxa, você acha que o youtube pode vir a ser o principal canal de comunicação?
M.G: O YT ainda não vai ser o principal canal. Essa nem deve ser a missão da empresa. Mas ser a preferida é bem mais provável. As estruturas de banda larga, pelo mundo afora, ainda são insuficientes. Mas percebemos o esforço para tornar a plataforma, inclusive, com conteúdo mais relevantes e esteticamente mais atraentes.

4. Alguns youtubers já estão migrando para a televisão, até que ponto você acha que isso afeta os profissionais de comunicação?
M.G: É um grande erro querer levar um youtuber com muitos seguidores para a TV achando que o engajamento vai ser o mesmo. É preciso estudar a linguagem de cada mídia antes. Alguns youtubers não se adequam à linguagem da TV. Em televisão os movimentos são pequenos e a tela os transforma em maiores. Em geral não é o que se vê nas mídias sociais audiovisuais. Lá gritam, usam diversos efeitos de filtro na tela e isso acaba sendo rejeitado se reproduzido na tela de TV na sala das pessoas.


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