7º período
Uma nova profissão vem ganhando cada vez mais força e espaço entre os brasileiros. Os "youtubers" são pessoas que começaram a postar vídeos na plataforma youtube com os mais variados temas, tutoriais de maquiagem, dicas de moda, beleza e comportamento, gameplay, curtas de comédia e diversos outros temas. Com o passar do tempo os "youtubers" foram ganhando notoriedade e começaram a receber por seus vídeos postados, e os vídeos e "youtubers" foram se profissionalizando, e acabaram deixando de lado aquele amadorismo dos vídeos iniciais.
Para falar melhor sobre esse conceito de nova profissão e a proliferação de canais do youtube, entrevistei o professor e doutor em ciência da informação Márcio Gonçalves.
Cada
dia o youtube tem crescido mais como meio de comunicação. O que você acha que influenciou
esse crescimento?
M.G: Diferente das mídias ditas
tradicionais, o YT, hoje entendido como uma mídia social, pois permite que o
conteúdo seja gerado pelo próprio consumidor, atraiu as pessoas pela
diversidade da programação, pela dinâmica de acesso e pela interação entre os
usuários.
Hoje em dia os
influenciadores digitais têm ganhado cada vez mais espaço e confiança dos
jovens. Você acha que eles podem ser um novo conceito de comunicadores, uma
nova forma de fazer jornalismo e marketing?
M.G: Os influenciadores
digitais tomam o lugar das celebridades como garotos propaganda e modificam a
forma de anunciar produtos e serviços. Para as marcas é o melhor dos cenários:
cachê, a princípio, mais barato, e geração de engajamento orgânico, além de
esses influenciadores tratarem os fãs com muito mais proximidade. Consumidores
e produtores de informação agora são um só.
Alguns apresentadores
já consagrados decidiram lançar canais no youtube, por exemplo o Celso
Portiolli e agora a Xuxa, você acha que o youtube pode vir a ser o principal
canal de comunicação?
M.G: O YT
ainda não vai ser o principal canal. Essa nem deve ser a missão da empresa. Mas
ser a preferida é bem mais provável. As estruturas de banda larga, pelo mundo
afora, ainda são insuficientes. Mas percebemos o esforço para tornar a
plataforma, inclusive, com conteúdo mais relevantes e esteticamente mais
atraentes.
4. Alguns youtubers já
estão migrando para a televisão, até que ponto você acha que isso afeta os
profissionais de comunicação?
M.G: É um
grande erro querer levar um youtuber com muitos seguidores para a TV achando
que o engajamento vai ser o mesmo. É preciso estudar a linguagem de cada mídia
antes. Alguns youtubers não se adequam à linguagem da TV. Em televisão os
movimentos são pequenos e a tela os transforma em maiores. Em geral não é o que
se vê nas mídias sociais audiovisuais. Lá gritam, usam diversos efeitos de
filtro na tela e isso acaba sendo rejeitado se reproduzido na tela de TV na sala das pessoas.
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