8º Período
Foto: Carolina de Souza |
Cariocas e turistas poderão conferir
até o dia 15 de janeiro de 2017 a exposição "A Cor do Brasil" que
está em cartaz no Museu de Arte do Rio. A mostra, traça a trajetória da
arte brasileira desde o período colonial até o século XXI e reúne mais de
300 obras vindas de países como a Argentina e México e de mais de doze
instituições espalhadas pelo Brasil.
Inaugurada em agosto, foi
a grande aposta do Museu para atrair os turistas que visitavam a cidade no
período olímpico, marcando, inclusive, a volta ao Brasil do "Abaporu",
quadro mais famoso de Tarsila do Amaral, que estava mais de duas décadas sem
ser exibido no país e participou da mostra até o fim das olimpíadas, retornando
após este período ao Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba).
Mesmo com a saída de sua “grande
estrela”, a exposição conta ainda com outra emblemática obra de Tarsila, “Antropofagia”,
e com nomes renomados como Frans Post, Eliseu Visconti e Beatriz Milhazes.
“A Cor do Brasil” foi dividida em três galerias, e leva o visitante a uma
viagem pelas cores brasileiras ao longo do percurso, indentificando a evolução
da arte no país.
A primeira galeria, intitulada "A
transformação da luz e do ambiente ecológico em cor" trás uma seleção do
melhor do impressionismo no país, enquanto a base filosófica da mudança de
conceito poderá ser compreendida a partir do desafio lançado por Graça Aranha,
que incentivou os artistas na transformação de luz em cor e do ambiente
ecológico brasileiro em sensações plásticas. No mesmo ambiente, a cronologia
segue para mostrar a modernidade introduzida por Anita Malfatti, Alberto da
Veiga Guignard, Oswaldo Goeldi, Portinari, Ismael Ney, Lasar Segall, Antonio
Gomide e Flavio de Carvalho, entre outros.
A segunda parte mostra a
"Modernidade e Autonomia da arte", apresentando diversos núcleos. O
grupo formado por Henrique Bernardelli, Bruno Lechowski, José Pancetti, Milton
Dacosta, Quirino Campofiorito e Joaquim Tenreiro retrata a emancipação do
regionalismo em prol da vontade de pintar. No mesmo espaço, estão ainda núcleos
formados pelos concretistas de são Paulo – Waldemar Cordeiro, Lothar Charoux,
Geraldo De Barros, Hermelindo Fiaminghi, Luis Sacilootto e Judith Laund; os
neoconcretos – Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Aluisio Carvão,
Decio Vieira, Willys de Castro, Hércules Barsotti e Osmar Dillon; os gestuais –
Antônio Bandeira, Flávio Shiró, Tomie Ohtake, Manabu Mabe e Iberê Camargo;
assim como parte da cena da cor carioca formada por Eduardo Sued, Manfredo
Souzaneto e Gonçalo Ivo.
Foto: Carolina de Souza |
Na última sala,
"Opinião, Tropicália, Geração 80 e Cor do Século XXI", o foco é a Cor
do Rio, a partir de movimentos ocorridos na cidade: as mostras Opinião e
Tropicália, a Sala Experimental do MAM-Rio e a Geração 80. Para retratar a
extensão do tema nas últimas seis décadas, foi feita uma reunião das obras de
Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Rubens
Gerchmann, Wanda Pimentel, Tunga, Anna Bella Geiger, Katie van Scherpenberg e
José Maria Dias da Cruz, professores da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Alcançando o século XXI, é realizada uma revisão da ideia do “nacional”, que
tem na bandeira seu maior ícone. A exposição retoma as implicações e projetos
políticos da cor na atualidade, indagando se existiria uma cor afro-brasileira
na arte.
A curadoria é feita por Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos.
O MAR, localizado na Praça Mauá, funciona de terça a domingo, das 10h às 17h.
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