Pezão e mais oito pessoas
foram alvo da operação Boca de Lobo, um desdobramento da Lava-Jato no Estado.
Por Daniel Sobral – 8º
período
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi preso no começo
da manhã desta quinta-feira (29), enquanto tomava café da manhã no Palácio Laranjeiras,
residência oficial do governador. Pezão é acusado pelo Ministério Público
Federal de ter operado esquema próprio de corrupção entre 2007 e 2015, tendo
recebido, em espécie, mais de R$ 39 milhões, em valores atualizados.
Agentes da PF entrando no Palácio Laranjeiras. Foto: reprodução TV Globo. |
Toda a
operação de hoje tem como base a delação premiada do economista Carlos Emanuel
Carvalho Miranda, que foi o operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral, preso há dois
anos. A PF ainda cumpriu mandados de busca e apreensão nos Palácios Laranjeiras e Guanabara, no apartamento de Pezão no Leblon e na casa dele em Piraí, no sul do estado. O nome da operação faz alusão às bocas de lobo que escoam a água das ruas, como se o dinheiro público estivesse indo pelo buraco.
Momento em que o governador sai preso da residência oficial. Foto: reprodução TV Globo. |
A Polícia Federal e a
Procuradoria Geral da República agilizaram a prisão do governador para preservar
provas e também pelo fato de que em pouco mais de um mês, Pezão deixa de ser
governador e perde o foro privilegiado e com isso sua defesa poderia pedir que a
investigação começasse do zero, dificultado os trabalhos da força-tarefa da
Lava-Jato no Rio.
Vice-governador Fernando Dornelles. Foto: divulgação Twitter. |
Pezão nega todas essas acusações. Os nomes dos outros presos não tinham sido divulgados até a publicação da matéria. O vice-governador Francisco
Dornelles (foto) assume, automaticamente, o governo do Estado pela terceira vez em dois anos.
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