Por: Leilton Rodrigues - 7º período
Foto: Leilton Rodrigues
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Bibliotecária Juliana Tavares acredita que os livros ainda possuem uma mágica que ebooks não possuem |
Com as facilidades tecnológicas que nos são oferecidas hoje em ia, muitas pessoas acham que o hábito da leitura se tornou chato e monótono. Pensando nisso, foi criado em 2014 o aplicativo uBook, no qual textos e livros são lidos por alguém, e ouvidos pelos milhões de usuários que o usam.
O aplicativo
não só é muito útil para deficientes visuais, mas também é uma ferramenta que
auxilia no problema da diminuição da leitura entre a “Geração touch”, por
ser fácil e acessível. Para a estudante Cristina Pereira, de 18 anos, “é
prático quando você está em outros lugares e não precisa carregar peso de um
livro, ou quando sua visão está cansada e você não precisa forçar para ler”.
A procura por
livros diminuiu bastante, principalmente entre os jovens. Videogames, redes
sociais e séries são muito mais atraentes a este público, que cada dia lê
menos. A bibliotecária da Biblioteca Popular Municipal Monteiro Lobato, Juliana
Tavares comenta: “Os jovens gostam do ambiente da biblioteca, mas não se
interessam pelos livros. A maioria vem aqui para usar o Wi-Fi”.
Para Juliana,
um dos grandes desafios de hoje é inserir os mais jovens ao mundo literário. “O
digital é muito mais fácil, mais rápido e mais interativo. Eu acredito que é
cômodo, dá aquela preguiça. A pessoa precisa descobrir, despertar o lado que
interessa. As vezes as pessoas gostam, mas não sabem porque não leem sobre
assuntos nos quais se identificam”. A bibliotecária também cita a falta de
informação dessa geração. “Conheço professores que pesquisam sobre este tema, e
algo muito discutido entre eles é o fato de que, para a maioria dos jovens, as
fontes de informação são apenas o Google, Facebook e Whats
App, e não há uma preocupação se a fonte é confiável ou não.”
Os motivos que
levam os jovens a lerem menos são diversos, mas se tratando da maneira que a
educação lida com isso, Cristina Pereira diz: “quando estamos na escola, somos
a obrigados ler livros clássicos brasileiros para que não perca a importância
da nossa cultura, porém para o jovem não é interessante ler Dom Casmurro, os
jovens querem livros que sejam legais e que inspirem um Harry Potter por
exemplo.”.
Para Juliana, que
trabalha na área de Bibliotecas há mais de 20 anos, a leitura é de
estrema importância para os indivíduos. “Eu vi muita mudança através da
leitura”, comenta. Apesar da diminuição da procura por livros, escolas,
bibliotecas e até mesmo a tecnologia devem caminhar juntas, a fim de
mostrarem aos jovens que a leitura pode ser prazerosa quando eles se encontram
em seus tipos de leitura favorita, e perceberem que a leitura é de extrema
importância para suas vidas.
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