Uma construção em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, confusa e que recebeu R$ 68 milhões de reais da Petrobras em seu projeto inicial, finalmente chega à fase de acabamento.
Foto da Universidade em 2017
Imagem do mesmo terreno no ano de 2014
O que deveria se tornar uma faculdade pública, há 3 anos atrás estava
engolido pelo matagal e virou depósito de entulhos. Em 2014 visitei as
instalações do local, e o que presenciei foi abandono e irresponsabilidade. Porém,
em agosto deste ano, as obras foram retomadas após a prefeitura postar na rede
social uma reunião sobre a utilização do espaço pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Existe uma expectativa para que as aulas comecem no primeiro
semestre de 2018.
Investimento e história
O projeto recebeu dinheiro da Petrobras como
compensação financeira pela construção de um gasoduto que passa por Caxias. A
estatal repassou R$ 68 milhões ao projeto; R$ 30 milhões para indenizações de
desapropriações e R$ 38 milhões para o centro educacional.
Tudo começou em 2007, quando o prefeito Washington Reis, em seu primeiro
mandato, assinou um convênio para a construção de um centro esportivo. Mas,
ainda na gestão de Reis, o plano foi modificado para erguer a primeira instituição
de ensino superior criada por um município no Estado, com a ideia inicial de
abrigar 3.000 alunos dos cursos de Educação Física e Engenharia, além dos técnicos de Petróleo e Gás.
A gestão seguinte, de Zito (2009 a 2012), chegou a
anunciar que a faculdade iria funcionar no segundo semestre de 2011 e que
haveria um convênio com a UERJ. Porém, a iniciativa não foi à frente por falta
de recursos.
Em 2013, em declaração ao RJTV, da Rede Globo, o ex-prefeito
Alexandre Cardoso disse que às obras não iriam ser retomadas porque a
construtora pediu R$ 17 milhões para concluir. Ele informou que não haveria
investimento em um planejamento sem proposta pedagógica. “Quando
assumimos, haviam escolas iniciadas e concluímos. Como iríamos arcar com uma
universidade, se faltam até creches? ” Indagou Cardoso em entrevista ao Jornal
O Dia, naquele mesmo ano.
Novo rumo
Em 2014, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, por meio de sua
assessoria de imprensa, anunciou que a prefeitura repassou o terreno a eles. A
ideia é fazer com que o polo receba 536 alunos de graduação em
Nanotecnologia, Biofísica, Biologia e o mestrado em Informação Científica, que
atualmente utilizam uma unidade improvisada no bairro Xerém, no município de
Caxias.
“O
conjunto de imóveis que integram o campus está em fase final de acabamento.
Restam apenas pequenas adaptações que pretendemos fazer ao longo dos próximos 2
a 3 meses”, disse na época o ex-reitor Carlos Levi à Agência Brasil.
Porém, após questões não explicadas entre prefeitura e Instituição
federal, tudo parou mais uma vez. Só no
início deste ano, com a entrada da gestão do atual prefeito Washington Reis, as negociações
foram retomadas e as obras estão sendo concluídas, como podemos ver nos vídeos, clicando nos links a seguir:
- Vídeo 01
- Vídeo 02
- Vídeo 03
- Vídeo 01
- Vídeo 02
- Vídeo 03
Nenhum comentário:
Postar um comentário