segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Obra que se arrastou por uma década será concluída em breve

    Por Sidney Araujo da Silva - 7° período - Madureira

Uma construção em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, confusa e que recebeu R$ 68 milhões de reais da Petrobras em seu projeto inicial, finalmente chega à fase de acabamento.

                                  

Foto da Universidade em 2017
  
Imagem do mesmo terreno no ano de 2014

O que deveria se tornar uma faculdade pública, há 3 anos atrás estava engolido pelo matagal e virou depósito de entulhos. Em 2014 visitei as instalações do local, e o que presenciei foi abandono e irresponsabilidade. Porém, em agosto deste ano, as obras foram retomadas após a prefeitura postar na rede social uma reunião sobre a utilização do espaço pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Existe uma expectativa para que as aulas comecem no primeiro semestre de 2018.

Investimento e história

O projeto recebeu dinheiro da Petrobras como compensação financeira pela construção de um gasoduto que passa por Caxias. A estatal repassou R$ 68 milhões ao projeto; R$ 30 milhões para indenizações de desapropriações e R$ 38 milhões para o centro educacional.

Tudo começou em 2007, quando o prefeito Washington Reis, em seu primeiro mandato, assinou um convênio para a construção de um centro esportivo. Mas, ainda na gestão de Reis, o plano foi modificado para erguer a primeira instituição de ensino superior criada por um município no Estado, com a ideia inicial de abrigar 3.000 alunos dos cursos de Educação Física e Engenharia, além dos técnicos de Petróleo e Gás. 

A gestão seguinte, de Zito (2009 a 2012), chegou a anunciar que a faculdade iria funcionar no segundo semestre de 2011 e que haveria um convênio com a UERJ. Porém, a iniciativa não foi à frente por falta de recursos.
                           
Em 2013, em declaração ao RJTV, da Rede Globo, o ex-prefeito Alexandre Cardoso disse que às obras não iriam ser retomadas porque a construtora pediu R$ 17 milhões para concluir. Ele informou que não haveria investimento em um planejamento sem proposta pedagógica. “Quando assumimos, haviam escolas iniciadas e concluímos. Como iríamos arcar com uma universidade, se faltam até creches? ” Indagou Cardoso em entrevista ao Jornal O Dia, naquele mesmo ano. 

Novo rumo

Em 2014, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, por meio de sua assessoria de imprensa, anunciou que a prefeitura repassou o terreno a eles. A ideia é fazer com que o polo receba 536 alunos de graduação em Nanotecnologia, Biofísica, Biologia e o mestrado em Informação Científica, que atualmente utilizam uma unidade improvisada no bairro Xerém, no município de Caxias.

“O conjunto de imóveis que integram o campus está em fase final de acabamento. Restam apenas pequenas adaptações que pretendemos fazer ao longo dos próximos 2 a 3 meses”, disse na época o ex-reitor Carlos Levi à Agência Brasil.

Porém, após questões não explicadas entre prefeitura e Instituição federal, tudo parou mais uma vez. Só no início deste ano, com a entrada da gestão do atual prefeito Washington Reis, as negociações foram retomadas e as obras estão sendo concluídas, como podemos ver nos vídeos, clicando nos links a seguir: 
- Vídeo 01
- Vídeo 02
- Vídeo 03

Observações do repórter:
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