terça-feira, 18 de outubro de 2016

Fim de políticas públicas impediria metade dos jovens de entrar em uma universidade

Daniel Soares
7º Período


Uma pesquisa divulgada ontem pela ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior)apontou que cerca de 50,5% de jovens que planejam ingressar em uma universidade não têm condições financeiras de pagar uma mensalidade integral do curso. Já 37,3% conseguem custear mensalidades de um curso superior numa faculdade particular e 12,2% disseram que talvez tinham condições. A pesquisa foi realizada com mil pessoas pelo Brasil com ensino médio completo e com idade entre 18 e 30 anos.
O estudo tratou também da redução de investimentos na educação pelo governo federal e a maioria das pessoas participantes da pesquisa, cerca de 75%, disse que é contrária ao corte. Sobre a cobrança de mensalidades por universidades públicas, mais da metade (57,3%) também foi contra a proposta.
A pesquisa apontou que a maioria das pessoas optam por uma universidade pública. “Essa questão mostra a importância do estado como agente que permite a inclusão social através da educação”, conta o cientista político Adriano Oliveira. Ele ainda afirma: “Se no Brasil fosse o mesmo sistema dos Estados Unidos (onde universidades públicas cobram mensalidade), esse sentimento de que as privadas têm qualidade inferior à pública não existiria”. Para Janguiê Diniz, presidente da ABMES, as faculdades privadas “têm alcançado melhores índices de qualidade”.
Quanto a participar de algum programa de auxílio de custos de uma faculdade particular, em relação aoProUni (Programa Universidade para Todos) – que concede bolsas parciais e integrais, tendo por base a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – 57,9% tentariam ingressar no programa, 38,1% não têm interesse no auxílio e 4% não definiram a resposta. Já sobre o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), 50,3% dos entrevistados tentariam esse programa, 41,4% não tentariam e 8,3% não souberam responder. O Fies é um empréstimo realizado pela Caixa e pode cobrir até 100% da mensalidade, dependendo da renda familiar, e o estudante paga juros de 6,5% por ano até a conclusão do curso.

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