Palestra com os podcasters Cid, Diogo Braga, Affonso Solano e PH Santos no Espaço Geek & Quadrinhos | 18ª Bienal Internacional do Livro Rio | Sexta-feira (8) (foto: Igor Caldas) |
Igor Caldas | 8º período | Campus Madureira
A 18ª edição da Bienal Internacional do Livro Rio bateu recorde de público. O evento recebeu no Riocentro, entre os dias 31 de agosto e 10 de setembro, em torno de 680 mil visitantes, superando a estimativa inicial de 600 mil.
Foram mais de 300 autores e convidados divididos em 360 horas de programação cultural e 190 sessões separadas entre os pavilhões. Dentre elas, a Arena #SemFiltro, espaço dedicado a debates de interesse entre os jovens e com curadoria de Rosane Svartman, foi uma das mais procuradas. Crescendo de 90 para 400 lugares de 2015 para 2017, tendo ocupação de 90% em todos as mesas ocorridas durante a Bienal.
Outro espaço de sucesso foi o Café Literário, organizado por Rodrigo Lacerda, com um aumento de 25% de público da 17ª edição para essa. Já o Geek & Quadrinhos, montado pela primeira vez e liderado por Affonso Solano, chamou a atenção de fãs da cultura Pop de todas as idades, em atividades como batalhas medievais, mesa de jogos e área de realidade aumentada, que permaneceram movimentadas ao longo de todo o evento.
A procura por atrações de cunho juvenil reflete o crescimento de tal público esse ano. Na última edição, 18% dos visitantes estavam numa faixa entre 15 e 19 anos, aumentando em 2017 para 33%. Em comparação, na Bienal de 2007, os mais jovens representavam uma fatia de 11% dos frequentadores.
Já as crianças, tiveram uma área totalmente dedicada a elas, o EntreLetras, podendo ser inseridas no universo literário através de atividades lúdicas propostas por Daniela Chindler.
A organização declarou que a melhora do acesso ao Riocentro também contribuiu para o sucesso do evento, com 56% das pessoas utilizando transporte público para ir à Bienal. Em pesquisa, declararam que 14% dos presentes vieram de outros estados. Quanto ao número de exemplares comprados, é estimado que foram vendidos 6,6 livros por pessoa, com um gasto médio de R$25,18 – mantendo a média de 2015.
Também foi divulgado que a Bienal Internacional do Livro Rio, num geral, agradou aqueles que a visitaram. A nota dada pelo público subiu de 8,4 para 8,6, com 93% dos entrevistados dizendo que voltariam ao evento. 76% das pessoas já tinham ido em edições anteriores e 24% foram pela primeira vez.
Virtualmente, durante os onze dias de feira, sua página oficial no Facebook teve um crescimento de 17% em likes, com o alcance quase atingindo um milhão de pessoas. No Instagram, ao todo, foram quase 2,5 milhões de impressões na ferramenta stories.
“Estamos muito satisfeitos com os números da Bienal. Com o crescimento da programação, atingimos nosso objetivo de proporcionar uma experiência cultural para toda família. É muito bom ver o investimento de todas as editoras em estandes cada vez bonitos e com mais atrações para o visitante”, comentou Tatiana Zaccaro, diretora da Bienal, em comunicado oficial.
A vice-presidente do SNEL, Mariana Zahar, acredita que a Bienal tenha sido um ótimo termômetro para o mercado editorial. “Se tivemos uma queda em 2016 no mercado como um todo dos livros, 2017 já marca uma retomada e um respiro para as empresas. Certamente a Bienal contribui significativamente”, explicou.
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