Por Mariana Valadão - 6º período | Campus Madureira
Dona Eunice de Souza da Silva, 67 anos, veio da Paraíba para
o Rio de Janeiro aos 27 anos e logo começou a trabalhar como costureira. Aqui
se casou, teve duas filhas e foi morar na divisa entre Seropédica e Nova
Iguaçu. No ano 2000, uma de suas filhas foi nadar no Rio Guandu e morreu
afogada. O que para muitos seria motivo de desistência, para ela foi impulso
para fazer a diferença na vida de outras pessoas. Hoje ela é mãe de 9 filhos
adotivos, 17 crianças em processo de adoção e 10 em lar temporário pelo
Conselho Tutelar.
- Deus me deu a missão de ser mãe. Quando meus filhos estão
brigando, coloco eles para se abraçar e digo: vocês vão ficar aí até aprender
amar – diz Dona Eunice.
Batalhadora, não se limita a cuidar dos seus filhos. Ela
administra a Creche Comunitária Prados Verdes onde estudam 79 crianças de Nova
Iguaçu. Seu objetivo principal é que nenhuma dessas crianças se envolvam com
drogas e prostituição. Ela deseja que na idade certa todos eles arrumem
trabalho e sejam pessoas honestas.
Além disso, ela gerencia o Costura Unida, uma confecção de
roupas composta de mulheres da região. As que desejam, ela ensina o ofício de
costureira e disponibiliza as máquinas. Comida, roupas e brinquedos chegam o
ano todo, mas produção de costura não é sempre.
- Se não tem produção e falta algo para uma delas (as
costureiras do Costura Unida), eu dou roupa, dou sapato, dou arroz. O que
estiver faltando. Aqui não falta nada. É simples, mas o básico não falta para
mim e meus filhos. Também não deixo que falte para elas - afirma Dona Eunice.
Dona Eunice com as costureiras do Costura Unida e lideranças da Rede Asta
Em 2012, o grupo produtivo entrou para a Rede Asta, um
negócio social que tem por propósito ser uma rede do bem onde pessoas e
resíduos ganham um novo começo. Dentro da rede, elas participaram de um projeto
financiado pelo Instituto Coca-Cola e em parceria com a designer Mana Bernardes
cocriaram a Coleção Folhas do Quintal. Elas se inspiraram nas folhas que caíam
no quintal da Dona Eunice. Deste lugar cheio de árvores e crianças que surgiu a
ideia para almofadas em formato de folha e imprimir em tela a textura das
folhas para estampar jogos americanos e almofadas. O tecido de todas as peças é
produzido a partir de fios de algodão reciclado e poliéster feito de garrafas
PET, onde cada metro equivale a três garrafas a menos no meio ambiente.
No início de 2017, elas também participaram da Escola deNegócios Entusiasta da Rede Asta que tem por objetivo dar mais autonomia aos
grupos do negócio social, gere renda para elas e crie redes entre as artesãs e
costureiras de grupos e regiões diferentes.
Por Mariana Valadão - 6º período | Campus Madureira
Jessé Gomes da Silva Filho, mais
conhecido como Zeca Pagodinho, atingiu um
prestigio em vida que nem todo sambista consegue. Estreou dia 22 de setembro, no
Theatro Net Rio em Copacabana, o musical ‘Uma história de amor com o samba’ em sua homenagem.
A peça é dividida em dois grandes
momentos. No primeiro, Peter Brandão dá vida ao Zeca criança e adolescente. No
segundo, Gustavo Gaspariane assume o papel do músico adulto até os dias atuais.
O enredo é fantasioso e brinca com o medo que Zeca tem de assombração. A plateia canta
e acompanha nas palmas como em uma roda de samba. É preciso autocontrole para
não levantar e se acabar de dançar durante a história.
O público que compareceu ao
teatro na tarde do dia 30 de setembro foi surpreendido com o próprio Zeca
Pagodinho na plateia. Ao final, o ator Gustavo Gaspariane levou o sambista ao
palco e eles cantaram juntos as duas músicas finais. Nesse momento não houve quem
se contivesse, todos ficaram de pé e caíram no samba.
Zeca Pagodinho canta 'Vai vadiar'
Amanhã, 01 de novembro, o cantor
e compositor inaugurará o “Samba do Zeca”.
Uma roda de samba que acontecerá todos os meses até dezembro no Jockey Clube do Rio de Janeiro na Lagoa. Engana-se quem pensa que ele abandonou suas raízes e
só dá as caras pela Zona Sul. No dia 11 de novembro, véspera de feriado, ele
volta ao subúrbio com a turnê do show “Ser Humano” no Olaria Atlético Clube.
Diego Medeiros Rocha- 7° Período - campos Madureira
Kit Gratuito de TV Digital: quem tem direito? Como solicitar?
Muitas famílias brasileiras, especialmente as mais pobres, não possuem em casa uma televisão com conversor digital embutido. Também não conseguem separar um dinheiro do orçamento para comprar conversor digital e antena UHF. Para preservar a gratuidade da TV aberta, mesmo com sinal digital, o Governo Federal resolveu apoiar a distribuição de kits gratuitos.
O kit gratuito de TV digital é composto por:
– 1 conversor digital – 1 corpo da antena – 1 fonte de alimentação – cabo RCA – varetas – suporte de vareta com mastro – saquinho com parafusos, porcas e arruelas – 8 metros de cabo coaxial – controle remoto com duas pilhas
Com esse kit, é possível assistir aos canais abertos com a qualidade de TV digital. A tecnologia acaba com os chuviscos e garante uma melhor transmissão de imagem e som.
odos os brasileiros inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) podem solicitar o kit de TV digital gratuitamente. Isso inclui, principalmente, os beneficiários do Bolsa Família que não podem comprar uma televisão nova.
O kit só será distribuído gratuitamente as para famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Assim, elas terão acesso à TV Digital Gratuita do Governo, sem qualquer tipo de custo.
Não é apenas o Bolsa Família que integra o CadÚnico. Outros programas governamentais também fazem parte do cadastro. São eles:
Tarifa Social de Energia Elétrica
Carteira do Idoso
Programa Brasil Alfabetizado
Auxílio Emergencial Financeiro
Programa Minha Casa Minha Vida
Programa Cisternas
Água para Todos
Aposentadoria para pessoas de baixa renda
Telefone Popular
Bolsa Verde
Pronatec
Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais
Isenção de pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos
Programa Nacional de Reforma Agrária
Programa Nacional de Crédito Fundiário
Caso você esteja inscrito em um dos programas sociais do Governo Federal, não perca tempo e verifique a disponibilidade do kit na sua cidade. Você tem o direito de receber os equipamentos sem qualquer tipo de custo.
Ser aposentado ou estar desempregado não são condições que garantem o kit gratuitamente. O cidadão deve estar inscrito em programas vinculados ao CadÚnico.
A solicitação do kit pode ser realizada de forma simples, prática e rápida através da internet. O cidadão interessado só precisa acessar o site seja digital e informar o número do CPF/NIS do responsável familiar. Feito isso, basta preencher um formulário eletrônico com dados pessoais.
A entidade Seja Digital, responsável pela distribuição dos kits, irá verificar se o Número de Inscrição Social consta na lista do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A consulta também leva em conta se a distribuição dos equipamentos está acontecendo na região em questão.
Caso haja uma confirmação, o cidadão deve agendar retirada do seu kit. É necessário escolher o dia, horário e o local.
Também é possível fazer o agendamento por telefone, através do número 147. Os atendentes ficam disponíveis de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. A ligação é totalmente gratuita.
Ao ligar para o número 147, você terá a oportunidade de conversar com um atendente e solicitar a antena e o conversor digital. Informe os documentos solicitados e anote a data de entrega do kit. O processo por telefone é bem simples e não leva mais de 20 minutos.
Quem tem celular pode cadastrar o número para receber um lembrete via SMS sobre a retirada do kit conversor.
Apenas o responsável familiar ou um membro da família pode retirar o kit gratuito de TV digital. No ponto de retirada, é necessário apresentar NIS, documento de identidade com foto e o protocolo de agendamento.
Na maioria das cidades brasileiras, a retirada do kit está acontecendo nas unidades dos Correios. O agendamento por telefone ou internet reduz a espera na fila.
Instalação do kit gratuito de TV digital
Você não precisa necessariamente contratar um antenista para colocar os equipamentos para funcionar. A instalação é mais simples do que parece. Vamos dividir o processo em três etapas:
Instalação da antena no telhado
Encaixe as varetas no corpo da antena, conecte o cabo coaxial e coloque a antena na parte externa da casa (de preferência no telhado). Evite locais com barreiras para a chegada do sinal digital, como árvores e muros.
Ainda se tratando da instalação da antena, tome o cuidado de direcioná-la para a torre de transmissão. Dessa forma, a televisão da sua casa será capaz de transmitir mais canais abertos com qualidade digital. Não sabe qual é a direção? Observe as antenas dos vizinhos e veja para onde elas estão apontadas.
Diego Medeiros Rocha- 7° Período - Campos - Madureira
Com a prolongada crise econômica e o desemprego alto, muitos imóveis estão vagos. Por isso, o inquilinos estão com forte poder de negociação. Os proprietários estão abrindo mão de exigências para assinatura do contrato, como fiador. E aceitam redução de 30% a 33% em relação ao valor pedido inicialmente.
Já há casos em que o inquilino conamsegue uma carência de até três meses, período em que paga somente os encargos. O tempo médio com imóvel vazio na cidade varia de 45 a 60 dias, mas, na prática, dependendo do bairro, pode ultrapassar os três meses.
Segundo o Sindicato da Habitação (Secovi-Rio), a queda de preço é ainda maior se for um imóvel de alto padrão, com desvalorização de até 25% em um ano. Copacabana está sofrendo mais com o grande número de oferta de imóveis.
No lugar do fiador, os proprietários aceitam o pagamento de seguro, em muitos casos descontado da parcela recebida pelo dono do imóvel.
Para quem já está com o imóvel alugado, o desafio é não perder o inquilino, especialmente se for um bom pagador. Por isso, muitos proprietários estão abrindo mão dos reajustes anuais.
De acordo com corretores de imóveis, no período de aniversário de contratos, mais da metade dos locatários pede para que o aumento não seja aplicado ou solicitam até a redução do preço do contrato. E cerca de 80% conseguem ter seus pleitos atendidos.
Na prática, o contrato de aluguel com vencimento em setembro já vai apresentar correção para baixo, já que o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), considerado referência para correção dos preços dos aluguéis, acumulado em 12 meses até este mês é negativo.
Virgínia simulou a situação de um inquilino que paga R$ 1.800 por mês e deseja ir para um imóvel mais barato. Para a mudança, esse locatário teria que arcar com gastos fixos de R$ 3.500, que cobrirão o frete e a manutenção necessária para devolver o imóvel. Ela considerou dois cenários, um com multa de rescisão de contrato (R$ 2.500) e outro sem ela.
A partir desses parâmetros, ela estabeleceu algumas possibilidades de valores de aluguel mais barato: R$ 1.500; R$ 1.500, mas com três meses de carência, como alguns inquilinos já têm oferecido; e R$ 1.300. O exercício considerou também a rentabilidade que o dinheiro economizado teria em uma aplicação financeira que acompanha o CDI, taxa que é a referência para investimentos.
De acordo com as simulações, as opções que oferecem carência do aluguel por três meses são as mais vantajosas, seja com multa ou sem. Quando o novo aluguel é de R$ 1.500, há carência e não há multa, todo o custo da mudança se paga já no segundo mês. Quando há multa envolvida, o tempo sobe para cinco meses. Depois dessas, para quem não precisa pagar multa, a alternativa mais vantajosa é mudar para um imóvel que custe R$ 1.300 por mês, que proporcionaria uma economia suficiente para compensar os custos da mudança no sétimo mês.
Em outras duas opções simuladas pela especialista — tanto aquela em que o aluguel de R$ 1.800 cai para R$ 1.500 e não há cobrança de multa como aquela em que o valor é de R$ 1.300 mas há multa de R$ 2.500 — levariam 12 meses para pagar os custos. Já a alternativa de um imóvel de R$ 1.500, com cobrança de multa, só seria compensada após longos 19 meses, de acordo com a professora da Faap.
Segundo ela, nos casos em que a mudança se paga em menos de um ano, por exemplo, ela se justifica. Se demorar mais que isso, a professora acredita que não compense, levando-se em consideração a dor de cabeça que mudar de endereço envolve, como necessidade de alterar as correspondência e eventual distância maior do trabalho.
Momento do locatário
Segundo Virgínia, o locatário deve abordar o locador com números como esses para mostrar que há oportunidades no mercado e, por isso, ele faria um bom negócio se aceitasse reduzir o valor do aluguel.
Ela explica que o inquilino deve citar as opções que existem e a crise que afeta o mercado, salientando que, caso ele não se mostre sensível a isso, poderá ficar sem locatário por um bom tempo, perdendo receita e tendo que arcar com o custo do imóvel. Ainda de acordo com a professora, caso ele ofereça não aplicar reajustes da inflação, isso não é suficiente. A inflação está baixa, esse aumento não faria uma grande diferença. É importante negociar.