sábado, 30 de setembro de 2017

A Tecnologia e a Internet: Problemas do Século XXI


Eduardo Macedo/ 6° Período/ Campus Madureira


É perceptível que a tecnologia vem avançando e trazendo profundas mudanças geradas pela introdução e propagação da internet no cotidiano das pessoas.

Diversos estudiosos pesquisam ou dedicam-se a tentar compreender o efeito da influência da internet e o papel transformador que adquiriu. É inegável o avanço tecnológico na era moderna, ao ponto da internet evoluir para se tornar onipresente na vida das pessoas. Com isso, testemunha-se cada vez mais o aumento de uma série de transtornos mentais distintos ligados diretamente ao uso da tecnologia digital.

O uso excessivo da internet ou o suposto vício, pode causar danos físicos, emocionais e comportamentais de dependência. A forma de utilizar a internet é determinante para definir se o indivíduo é viciado ou não.

Os sintomas físicos mais comuns aos viciados em internet são taquicardia, boca seca, sudorese e tremedeira. O tempo excessivo diante do computador ou atualmente o uso excessivo dos smartphones podem provocar comprometimento da postura, lesões por esforço repetitivo, obesidade ou subnutrição, e prejuízo para a visão devido à luminosidade do monitor ou tela do celular ao esforço ocular.

A indicação de transtornos mentais podem ser: déficit de atenção, dificuldade para se organizar, definir prioridades e angustia por estar longe do computador. Além disso, a redução do sono para ficar diante do computador, pode comprometer o rendimento escolar, profissional e social.

Algumas dessas desordens são novas versões de aflições antigas, renovadas pela era da banda larga móvel, enquanto outras são “criaturas” completamente novas.


São elas:

Síndrome do toque fantasma


Esta síndrome diz respeito quando o cérebro da pessoa faz com que ela pense que o celular está vibrando no bolso ou bolsa e isso nem aconteceu, pois o aparelho estava desligado, no modo silencioso ou até mesmo não se encontra nesses lugares.

De acordo com o livro iDisorder do Dr. Larry Rosen, 70% dos usuários intensivos de dispositivos móveis já relataram ter experimentado o telefone tocando ou vibrando mesmo sem ter recebido nenhuma ligação ou mensagem. O que demonstra que boa parte da população já passou por isso.

Nomophobia


É uma abreviatura de “no-mobile phobia” (medo de ficar sem telefone móvel, traduzido ao pé da letra). Ou seja, é ansiedade que surge por não ter acesso a um dispositivo móvel.

A nomophobia é o aumento acentuado da ansiedade que algumas pessoas sentem quando são separadas de seus telefones. E não se engane, pois não se trata de um problema de primeiro mundo. O distúrbio pode ter efeitos negativos muito reais na vida das pessoas no mundo todo. E é mais intenso nos heavy users de dispositivos móveis. 


Náusea Digital (Cybersickness)

Trata-se de uma desorientação e vertigem que algumas pessoas sentem quando interagem com determinados ambientes digitais.

Essas tonturas e náuseas resultantes de um ambiente virtual foram apelidadas de ciberdoença. Esse termo surgiu na década de 1990 para descrever a sensação de desorientação vivida por usuários iniciais de sistemas de realidade virtual. É basicamente o nosso cérebro meio que sendo enganado e ficando enjoado por conta da sensação de movimento quando não estamos realmente nos movimentando. Algo que pode vir a se tornar muito comum, já que estão trazendo essa questão da realidade virtual para os mobiles e os vídeo games. 




Depressão de Facebook


Depressão causada por interações sociais, ou a falta dela, no facebook.

Os humanos são criaturas sociais. Então você pode pensar que o aumento da comunicação facilitada pelas mídias sociais faria todos os seres humanos mais felizes e contentes. Pode estar ocorrendo um engano nisso.

Foi realizado um estudo na Universidade de Michigan, que mostrou o grau de depressão entre os jovens, correspondendo diretamente ao montante de tempo que eles gastam no Facebook.

Uma possível razão é que as pessoas tendem a postar apenas as boas notícias sobre eles, mesmo na rede social: férias, promoções, fotos de festas, etc. Então é super fácil cair nessa crença ilusória de que todos estão vivendo vidas extremamente felizes e melhores que você, quando isso pode não ser o caso.

As pessoas têm que ter em mente que esse crescimento da interação das mídias sociais não tem que levar ao desespero.


Transtorno de Dependência da Internet


Trata-se de uma vontade constante e não saudável de acessar à internet.

O Transtorno de Dependência da Internet é o uso excessivo e irracional da Internet que interfere na vida cotidiana. Os termos "dependência" e "transtorno" são um pouco controversos na comunidade médica, já que a utilização compulsiva da Internet é vista frequentemente como sintoma de um problema maior, em vez de ser considerada a própria doença.

O efeito Google

Esse transtorno está ligado a tendência do cérebro humano de reter informação porque ele sabe que as respostas estão ao alcance de apenas um click.
Graças ao advento da Internet, um indivíduo pode facilmente acessar quase toda a informação que a civilização armazenou ao longo de toda sua vida. Acontece que essa vantagem acabou alterando a forma como nosso cérebro funciona.
Identificada algumas vezes como efeito Google, as pesquisas mostram que o acesso ilimitado à informação faz com que nossos cérebros retenham menos informações. Ficamos preguiçosos. Em algum lugar do nosso cérebro está o pensamento "eu não preciso memorizar isso porque posso achar no Google mais tarde". 

Enfim, esses são apenas alguns dos possíveis problemas. Pois é perceptível que o vício em internet é a uma ponta do iceberg na relação entre o homem e as máquinas por ele criadas. Muitos outros problemas podem surgir pelo avanço da tecnologia. Então, para fugir dessa armadilha é importante priorizar o tempo e o esforço dedicados as pessoas e atividades que possam trazer crescimento pessoal. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário