Texto: Chailon Conceição
Foto: Chailon Conceição
Uma mulher morreu no Terminal Rodoviário João Goulart, na manhã desta quarta-feira (12), ao ser atropelada por um ônibus da viação Santo Antônio que faz a Linha 45 (Fonseca-Icaraí). Segundo informações da Polícia Militar, a vítima identificada como Selda Lutia da Silva, de 56 anos, era moradora de Santa Luzia, em São Gonçalo, e trabalhava no almoxarifado do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitronac) há 30 anos. Ela faleceu por volta de 8h45, no momento em que seguia para o trabalho, quando foi atingida com a lateral do coletivo em uma das baias do terminal. O motorista ficou em estado de choque e precisou de atendimento médico. O corpo da mulher foi periciado e o caso registrado na 76ª DP (Centro). Este é o quarto caso de atropelamento com morte registrado no terminal desde 2007.
Rubens Santos, presidente do Sitronac, foi um dos primeiros a chegar ao local e lamentou a perda da colega de trabalho. Ele criticou o fato de que o terminal não comporta mais a demanda de pessoas e ônibus, fato que, segundo ele, tem tornado o espaço caótico.
“Lamentamos profundamente a perda de nossa amiga e companheira de trabalho. Sobretudo pelas condições em que foi vitimada. O terminal não comporta mais a quantidade de pessoas que circulam por aqui. Acidentes de menor intensidade ocorrem de três a quatro vezes por dia. Algo tem que ser feito. Precisamos estudar uma forma de ampliar o terminal”, criticou o presidente.
Amigo de Selda, Pedro Paulo, diretor da Sitronac, ficou surpreso ao receber a notícia.
“Todos falavam que ela era uma boa mãe, avó e uma funcionária dedicada com as suas tarefas. Estou inconformado”, lamentou Pedro.
De acordo com informações da Teroni, concessionária que administra o terminal, esse é o quarto caso registrado em decorrência de acidentes com veículos. Contrariando o presidente do Sitronac, o gerente administrativo da empresa, Anibol Bonorino, descartou vínculo entre a superlotação e os acidentes. Segundo ele, frequentemente, pedestres desrespeitam as sinalizações e trafegam entre as vias que separam as baias do terminal.
“Esse tipo de acidente [com morte] não é comum. É o quarto que ocorre desde 2007. Muitos usuários trafegam nos locais em que não é permitida a passagem de pessoas. É uma questão de educação e bom senso e não por falta de sinalização. Temos que ressaltar que todos os acidentes, aos quais temos os registros, ocorreram com pessoas idosas. Hoje trafegam pelo terminal cerca de 550 mil pessoas, mas creio que esse não seja o motivo”, reforça Aníbal.
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