quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Região Oceânica é rica em alternativa de mercado mas pouco valorizada

O sorriso e a simpatia são armas de venda da empresária Andresa Souza
 Por Rômulo Martins (7° período)

Quem conheceu a Região Oceânica antes da explosão habitacional e não mais a visitou, fica surpreso ao constatar que o lugar, que era conhecido apenas como mais um balneário sem nenhuma opção de negócios, sem ter onde comprar o que quer que fosse, ou obter serviço, cresceu desenfreadamente em termos habitacionais, acompanhado pelo tão desejado  desenvolvimento econômico. Não só grandes empresas, mas profissionais liberais, prestadores de serviços dos mais variados setores já estão estabelecidos no local. Mas quem deveria aquecer e aproveitar esse mercado, na verdade o desdenha.

Lojas oferecem os mais variados produtos a preços compatíveis com o mercado de todo estado, com charme e variadas formas de chamariz. O que ainda não parece suficiente para a população da RO. O que se vê pela principal avenida do bairro, Francisco da Cruz Nunes, são lojas para alugar, lojistas passando ponto e os que lutam para se manter, anunciando promoções que atraiam desesperadamente o público.

- Quando resolvi montar uma loja aqui na região, acreditei no crescimento imobiliário e falta de opção de artigos infantis. Minha loja é especializada em sapatos e roupas para crianças, produtos que toda mãe precisa, mas fecho o mês com muita dificuldade. Ao contrário do que eu apostei, as pessoas preferem se deslocar até o Centro da cidade para comprar – contou Andresa Souza, proprietária da loja Meu Mundo Encantado.

Entre os pequenos lojistas é unanime a reclamação da falta de valorização por parte dos  moradores da RO. Paulo Silva , proprietário da pastelaria Mania de Pastel, diz que a maioria dos moradores da região usa apenas os serviços de mercados, drogarias, restaurantes e postos de gasolina por necessidade diária.

- As pessoas aqui vivem de novidade. Quando se abre algo novo, fica cheio. Dois meses depois já se sente a baixa na frequência. O motivo é difícil dizer. Acomodação talvez. Aqui as lojas têm que ter entregas em domicílio, caso contrário não vendem. As que dependem de visita presente do consumidor, geralmente não sobrevivem. Complicado demais viver do comércio aqui. Na minha loja há dia que recebo duas pessoas. Como pagar as despesas desse jeito? – lamentou Paulo.


Grandes empresas já foram abertas no bairro, dentre elas concessionárias BMW e Peugeot e a rede de lanches Mc’Donald são algumas das grandes marcas que desistiram de manter negócios no balneário de Niterói. 

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