Por Augusto Paulo António
Período - 7º
Conhecida
pela beleza natural, extensa área litorânea e pelo alto índice de qualidade de
vida, Niterói é também uma das cidades com maior concentração de moradores de
rua do Brasil. A proporção
de moradores de rua em relação à população do município é o dobro do índice
nacional.
Segundo
pesquisa inédita do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, há
529 pessoas nessa situação, o que corresponde a 0,112% do total de
niteroienses. Já a média nacional é de 0,061%. Apesar dos números, a Prefeitura
conta apenas com um abrigo, com capacidade para 50 pessoas. Os dados fazem
parte da Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, desenvolvida
entre agosto de 2007 e março de 2008, pelo Instituto Meta, escolhido pelo
ministério.
Em Niterói,
68,8% dos mendigos são do sexo masculino e quase a metade (49,6%) tem entre 45
e 54 anos. Em relação à escolaridade e emprego, o estudo concluiu que quase 50%
não terminou o Ensino Médio e mais de 30% são catadores de material reciclável.
Em todo o País foram identificados 31.922 adultos em situação de rua. Migração – Em Niterói, um outro problema
seria a migração da população de rua de outras cidades. Além disso, 23% dos
moradores de rua entrevistados sempre viveram no município, enquanto 64% vieram
de outras cidades e 13%, de outros estados.
A Secretaria Municipal de
Assistência Social e Direitos Humanos de Niterói realizou uma ação de abordagem e acolhimento de pessoas
em situação de rua, no mês de Abril de 2016. O trabalho ocorreu na avenida
Ernâni do Amaral Peixoto, no centro, e adjacências, na rua Tenente Mesquita, em
Icaraí, próximo do Caio Martins, e em outros pontos da cidade.
Ao todo, 49 pessoas foram acolhidas das ruas. A ação
contou com o apoio do Conselho Tutelar, Delegacia de Proteção da Criança e do
Adolescente - DPCA, Guarda Municipal, Polícia Militar e da Clin (Companhia
Municipal de Limpeza de Niterói)
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