O Rock in Rio 2015 terminou há poucos dias e inegavelmente foi sucesso de público e de críticas. Além do espetáculo musical, o evento contribuiu para a economia da cidade. Durante as duas semanas do festival, de acordo com dados divulgados pelo Observatório do Turismo do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense, o público movimentou na economia da cidade, algo em torno de R$ 624 milhões, R$ 103 milhões a mais do que os R$ 521 milhões da edição anterior, que ocorreu em 2013.
Os dados também mostraram que, entre os 595 mil espectadores deste ano, 335 mil eram turistas, mais da metade do público. Destes turistas, 97,7% eram brasileiros. Entre os estrangeiros, a maior parte veio de Argentina, México, Portugal e Inglaterra. A pesquisa também revelou que o público desse ano estava mais jovem. Em 2013, o público de 15 e 17 anos representava 5% do total; em 2015 foram 20%.Dos itens avaliados entre os espectadores, as maiores queixas foram relacionadas à preços altos, segurança e limpeza urbana, enquanto a hospitalidade foi o item mais bem avaliado.
Porém nem tudo são "flores". Ao fim do evento, Procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) e Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) constataram diversas irregularidades. Os fiscais apuraram que, diversos trabalhadores foram submetidos a situação análoga à escravidão. Dezenas de trabalhadores foram submetidos à jornadas excessivas de trabalho; não tiveram registro na Carteira de Trabalho; não receberam vale-transporte, alimentação e equipamentos de segurança e muitos tiveram que dormir em papelões, em uma casa sem condições de higiene, situada na comunidade Favela do Urubu, próxima ao local do evento.
As próximas edições do Rock in Rio já tem data marcada. O evento ocorre em 2017 e 2019.
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