Por: Tatiana Considera - 7º período
O estado do Rio de Janeiro enfrenta um cenário de
risco em relação ao vírus da febre Chikungunya. A informação é do superintendente
de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde do Rio de
Janeiro (SES), Alexandre Chieppe. “Essa talvez seja a nossa grande preocupação
para 2015, uma vez que é uma doença transmitida pelos mosquitos que transmitem
a dengue”, disse.
Segundo Alexandre, a Chikungunya pode acarretar uma
epidemia maior do que a do vírus da dengue, pois sua velocidade de transmissão
é muito maior. O vírus que provoca a febre Chikungunya é transmitido pela
picada da fêmea de dois mosquitos, o Aedes aegypti, e o Aedes albopictus.
Os sintomas surgem entre dois e 12
dias após a picada do mosquito contaminado com o vírus. O primeiro deles é uma
febre repentina acima de 38,5 graus. A principal característica da doença é a
forte dor nas articulações. Na fase mais aguda, durante a primeira semana,
podem aparecer bolhas, descamação da pele, fadiga e, em alguns casos,
conjuntivite. Ainda conforme a secretaria, os sinais e sintomas tendem a ser
mais intensos em crianças (até 2 anos de idade), gestantes e idosos. Pessoas
com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.
Até o momento não foi identificada transmissão da Chikungunya
no Rio de Janeiro, mas em Minas, na Bahia, no Acre e no Ceará, casos já foram
registrados.
Como medida preventiva, a Secretaria
de Estado de Saúde do Rio de Janeiro organizou esta semana cursos de
capacitação de representantes da assistência e vigilância das secretarias
municipais de saúde, que receberam informações sobre diagnóstico e tratamento
de pacientes com a febre Chikungunya. A partir do próximo mês, um outro
treinamento itinerante será feito em todas as regiões fluminenses para fazer a
capacitação de multiplicadores das informações diretamente nos municípios.