quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes


Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

Avaliação curricular ou instrumento de manipulação?



Por Andreia Lannes (7° período)


           O ENADE vem sendo alvo de críticas por parte de estudantes de diversas faculdades pelo Brasil. O conceito do exame, teoricamente, se concentra em uma forma de avaliar o ensino superior no país, por parte do Ministério da Educação(MEC), com nota variante de 1 a 5, buscando a finalidade de estabelecer um ranking. Faz parte do SINAES, com variações de três anos alternando os cursos superiores.

           Alunos de diversos lugares, vem estabelecendo críticas à lógica mercadológica, meritocrática e punitiva, onde se concentra o objetivo do governo federal. No entendimento de diversos alunos e educadores da nossa pátria, a educação se avalia pela formação do indivíduo, liberdade de pensamento, e senso crítico; sendo a base do curso o fator fundamental para isso.

           Não realizar a prova, pode custar o currículo. Mas nada se diz, sobre deixar questões da prova em branco ou rasuradas. Essa foi uma maneira encontrada pelos estudantes de boicote. O índice de pessoas que realizam tais práticas, varia entre 1,5% e 3% do total que teoricamente deveriam passar pelo teste. Muitos admitem abertamente, inclusive com notas oficiais, a adesão à não realização.

           As grades curriculares, apresentam várias defasagens, como a desatualização. Isso acaba colocando uma nota que se torna irreal frente aos problemas reais das nossas universidades. Sendo incapaz de ir na raiz dos verdadeiros problemas educacionais. Os mestres continuam sem a devida remuneração justa; a estrutura física ainda é muito deficitária; a alimentação possui debilidades; entre tantas outras questões levantadas historicamente pelo movimento estudantil.

           Quem é encarregado por essa questão, deveria estar se empenhando em aumentar os custos com os cursos públicos, dignificar o serviços dos profissionais da educação superior, acrescentar mais vagas universitárias, melhorar as moradias e transportes estudantis, garantir autonomia pedagógica, e atualizar as grades curriculares ultra desatualizadas de maneira geral. Assim, iriamos nos encontrar em situação mais cômoda e qualificada em nosso território nacional.

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